Coluna – Ambientação

Produção e meio ambiente

Como a produção em larga escala ao longo do século XX e XXI mudou o mundo e seu ecossistema.

Um levantamento apontou que houve redução de 73% na emissão de gases que contribuem para o efeito estufa em 2020, conforme o relatório do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. Sendo o setor com a principal carga na emissão desses gases no país, os dados lançam luz a um cenário mais positivo do havia antes de 2005, época em que o agronegócio sozinho correspondia a cerca de 80% de todas as emissões do Brasil.

O Brasil assinou, em 2015, o Acordo de Paris, no qual o país se comprometia a reduzir suas emissões em 37% até 2025. Caso essa meta seja alcançada, o acordo prevê redução 43% até 2030. Além disso, o Brasil se comprometeu a reestruturar setores da geração de energia e na infraestrutura dos transportes.

O agronegócio contribuiu para 26% do PIB brasileiro em 2020, segundo apontamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Em comparação ao ano anterior, essa fatia aumentou em 6%. Considerando esse importante papel na economia do país, não há como frear a produção do agro sem desestabilizar o PIB.

Sabe-se que a produção e consumo são ações necessárias para o impulso da economia, geração de renda, bens e serviços, resultando em qualidade de vida à população. Ao revisitarmos o passado, é notável que sistemas econômicos que perduraram não abrangeram todas as instâncias da sociedade, deixando parte da população vivendo à sua margem, como a escravidão de camponeses no feudalismo do século III, o comunismo na URSS e o atual capitalismo quase global que privilegia alguns e restringe de outros.

No entanto, mesmo com essa necessidade atual de produção e consumo para sustentar a vida e e a economia, é necessário não apenas atenção para extração de recursos naturais e os impactos ambientais, mas também ações para minimizar os problemas. Não é de hoje que se fala sobre reciclagem, consumo de água e energia elétrica. Segundo dados da FGV Engenharia, o Brasil aumenta em média seu consumo de energia elétrica 4% ao ano.

O globo terrestre tem um diâmetro de quase 13 mil quilômetros. Essa medida representa um número difícil de ser compreendido pelo cérebro, de maneira que compreendemos a forma abstrata do tamanho. Apesar disso, alguns estudos apontam que a humanidade já ultrapassou a barreira do impacto negativo, ou seja, a partir de agora utilizamos mais do que a natureza consegue recuperar. Dados da organização Global Footprint Network apontam que para mantermos o atual índice de consumo, é necessário 1,75 planeta Terra. Por esse e outros motivos, vocês poderão acompanhar uma sequência de cinco colunas Ambientação.

Por: Luiz Gabriel Correia Ely

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