Autoridades X Baixoridades

O trocadilho do título deste texto é pontual, visto que foi assunto do nosso podcast Prosa na Tribuna desta segunda-feira, com o especialista em turismo Márcio Assad, lapeano que vem lutando pelo setor há mais de quarenta anos.

Na conversa desta Prosa na Tribuna discutimos as questões de desenvolvimento turístico e também das estruturas necessárias para a recepção dos visitantes. O Patrimônio Histórico foi também tema de discussão na entrevista realizada pelo jornalista Aramis José Gorniski, editor da Tribuna Regional.

Tudo está ligado e intrinsecamente conectado ao recebimento de pessoas que desejam visitar nosso município. A Lapa teve seu patrimônio tombado no final da década de 1980 e hoje é considerada uma pérola na questão de preservação patrimonial, porém as administrações que passaram pelo poder desde esta data não souberam incentivar o efetivo turismo em nosso centro histórico.

Apesar de esforços válidos de diversos prefeitos, a impressão que passa na questão turística é de que não existe vontade popular para que a atividade prospere. Dependemos sempre de aporte financeiro do poder público e isso inviabiliza a atividade econômica como um possível empreendimento, visto depender de vontade política para que as coisas aconteçam.

Nosso município, apesar de não ter estrutura hoteleira de destaque, pode ser um grande destino para visitantes de final de semana, onde num dia visitariam o centro histórico, noutro alguma propriedade rural e noutro o Parque Estadual do Monge. No meio disso tudo a culinária local entraria como tempero para o bom atendimento do nosso turista.

Pois bem, quando não há uma ação integrada que transcenda as gestões municipais, a cada novo gestor resolve-se “inventar a roda” através de convênios e projetos de implementação turística que não levam a nada. É o caso da gestão atual que pouco ou quase nada fez para que as coisas andem verdadeiramente por aqui.

Quando falamos no título sobre Autoridades X Baixoridades, os termos saíram durante a conversa com Márcio Assad, onde ele afirmou que não podemos escolher mais para comandar nossos destinos alguém que só pense no próprio umbigo, como é o caso atualmente. Tudo que precisamos é de alguém que saiba como gerir com qualidade os destinos das mais diversas áreas econômicas e sociais do município e não apenas pessoas que representem o “novo sem vícios”, coisa que muitas vezes não gera resultado.

É coisa prá se pensar, mas ano que vem temos eleição. O regresso aplicado durante os últimos anos pode ser revertido e as coisas poderão andar melhor. Escolha com qualidade seus representantes e não deixe de se manifestar. Cada escolha é muito importante.

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