A caça às bruxas no novo Governo

A apenas um mês do novo Governo de Jair Bolsonaro, espalham-se críticas por todos os lados. E sinceramente, algumas são até pertinentes. E isso é até previsível.

Temos que lembrar que a nossa sociedade é composta de vários grupos, e a eleição passada mobilizou vários deles a favor de um ou outro candidato. E cada grupo deste espera ser representado de forma plena pelo seu presidente. Mas isso não é possível.

Em primeiro lugar pela própria função de presidente: diferente do que alguns pensam, presidente não tem carta branca para fazer o que quiser, e para as coisas mais importantes e polêmicas, depende diretamente dos deputados e senadores.

Em segundo lugar que o presidente tem sua própria visão de como conduzir o País, e cada grupo tem visões diferentes da dele. Ok, ou se preferirem, “talquei”, as visões são diferentes, mas semelhantes. Só que nas pequenas diferenças que surgirão as discussões.

Então pelo simples fato de termos essa pluralidade em nossa sociedade, já saberemos que existirão pessoas com desejos que não serão atendidos, e claro, aos poucos haverá alguma rejeição.

Os principais grupos que compõem a chamada “direita” são os conservadores e os liberais, e já expliquei aqui nesta coluna o que difere um de outro. E esses são os dois grandes grupos que terão embate no governo.

Mas não só isso: temos também pela primeira vez uma grande imprensa claramente posicionada contra o Governo, que também podemos classificar em quatro grandes grupos: o primeiro os que eram a “imprensa marrom” da era petista, e que farão oposição pelo simples fato de o presidente não ser o Lula. Estes tendem a minguar pela falta de dinheiro governamental – uma grande revista semanal já indicou este caminho “capital”. O segundo grupo é a imprensa que se vende como imparcial, mas que chega a noticiar coisas até idiotas, desde que sejam contra o governo – um grande jornal de São Paulo, uma grande emissora de TV, e claro, seus subsidiários são os principais.

Temos ainda o terceiro grupo, que é o povo que era contra o PT, e portanto apoiou a eleição de Bolsonaro, mas agora quer resultado, e por isso está com a “metralha” apontada para o governo, mas que claro, elogia também os acertos. Neste grupo temos muitos jornalistas independentes. Finalmente, a nova “imprensa marrom”, que a princípio ainda não é institucionalizada, mas está sendo organizada na forma de tuitaços – ou seja, via respostas de impacto no Twitter, seguido de postagens no Facebook.

De toda forma, temos dois grupos que irão falar contra de toda forma, um que falará bem mas também falará mal, e os “puxa-sacos”.

Em outras palavras, temos para este novo governo muita gente que irá discutir ou criticar suas propostas apenas por não ser o foco de seu grupo social, e estes serão secundados por uma imprensa  claramente nociva. Sim, lá vem chumbo grosso. É de se esperar que enquanto Bolsonaro estiver no governo, teremos muito debate político. E ainda temos a possibilidade de alguém pensar em se arrepender do voto.

Por isso é importante lembrarmos sempre o que era falado durante a campanha: a escolha não era porquê Bolsonaro seria “O MELHOR”, e sim o menos pior. Sim, temos que lembrar quem eram as alternativas. Se não fosse Bolsonaro, seria Haddad. Portanto não temos como realmente nos arrepender do resultado das eleições.

Também que o Bolsonaro era um tiro no escuro, e que temos que estar atentos para que se ele cometa erros, também façamos protestos e manifestações para que ele pague pelo seus erros.

Mas sério: falar mal com apenas 30 dias, é exagero. Ainda nem sabemos qual será efetivamente o impacto das ações do novo governo, então o caso é de se esperar para ver.  Paciência mais do que nunca é uma virtude

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