A chegada de Moro

Nos últimos dias o ex-juiz Sérgio Moro confirmou sua candidatura à presidência da república, pelo PODEMOS, partindo efetivamente para a campanha e a conquista de apoiadores.

Com a chegada deste novo personagem, as pesquisas de opinião deram uma reviravolta. Como já comentamos em edições anteriores, agora as empresas de pesquisa vão começar a trazer números mais próximos da realidade, mesmo que distorcidos acima ou abaixo conforme a necessidade do contratante, dentro da margem de erro estendida, para se adequarem à lei eleitoral, que prevê pesquisas de opinião registradas com entrega das metodologias e cadernos de pesquisa junto dos dados.. Com o jogador neste tabuleiro político, quem começou perdendo foi o governador de São Paulo, João Dória, que de 5% caiu para menos de 3% nas pesquisas, perdendo inclusive para o Cabo Daciolo.

Como já falamos também, as pesquisas atuais dos ditos ‘grandes’ institutos de pesquisa somam no máximo cinco mil pessoas. As enquetes realizadas em contas particulares do twiter e outras redes chegam fácil a trinta, cinquenta mil pesquisados. Os resultados gerados nestas enquetes mostram um dado muito interessante. A entrada de Moro na campanha ameaça com muita força a eleição de Lula. Explicamos: Na grande maioria de enquetes com milhares ou milhões de pessoas participantes, Moro está praticamente empatado com Lula, ganhando por alguns décimos de percentuais. Em todas as enquetes o presidente Bolsonaro mantém a liderança e sempre esteve na frente. Com estes dados, que nós, meros analistas políticos de botequim, achamos corretos, o Moro é a maior ameaça à tão sonhada vitória do Lula, visto que com ele na jogada o ex-presidiário não iria nem ao segundo turno.

Seria a realização de um sonho ver, pela primeira vez em trinta ou quarenta anos, dois candidatos de espectros centro-direita se enfrentando numa eleição presidencial, tendo derrotado todas as tentativas de esquerdistas de retomar o poder. O combate à corrupção será o grande tema de debate na campanha, queiramos ou não. Aí os dois, Bolsonaro e Moro, saem-se muito bem.

Talvez possamos ver isso se realizar. Depende muito do andamento da campanha, mas, para quem duvida, o governo Bolsonaro está fechando seu terceiro ano sem nenhum escândalo de corrupção, como já era praxe nos outros governos. Moro pode ter traído o presidente e, alegadamente, ser imparcial em seus julgamentos com Lula, mas ninguém pode negar que ele, junto com Bolsonaro, representam o combate à corrupção.

O resto é tudo farinha do mesmo saco.

 

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com