O sentimento de ser enganado é comum à grande maioria da população brasileira depois da posse do novo governo, mas se pararmos para pensar, é um sentimento comum depois de todas as eleições, sejam elas municipais, estaduais ou nacionais.
A quantidade de promessas feitas durante a campanha, soluções fáceis e convidativas apresentadas nos levam a acreditar, mesmo sabendo que a realidade é diferente, em um mundo melhor que nos trará uma qualidade de vida melhor, com garantia de futuro para nossos filhos, menos violência, mais justiça, etecetera e etecetera.
Em vinte dias de governo Lula já vemos a realização de diversos retrocessos em coisas que implantadas no governo passado. É um tal de proteger vagabundo e penalizar quem gera riqueza. Enfim, foi o que o povo escolheu, bem ou mal, mas todos estamos no mesmo barco.
Voltemos à Lapa, com a eleição de Diego Ribas para prefeito. A promessa de campanha era de continuidade no ritmo acelerado de obras e ações realizadas pelo governo Paulo Furiati. Durante o governo do ex-prefeito a saúde funcionava com atendimento contínuo no Posto de Saúde, médicos no interior, remédios sempre à disposição na farmácia municipal, médicos a postos no Posto de Saúde do centro da cidade. Além disso as estradas rurais recebiam manutenção preventiva e corretiva no tempo certo e as ruas da cidade também eram objeto de cuidado quanto aos buracos e correções necessárias. Tudo isso que existia no governo anterior era chamado de Básico Bem Feito.
Pois bem, votamos num jovem político fabricado, achando que era a esperança do município para melhorar, ampliar e alavancar o futuro. O resultado está aí e não é preciso ir muito longe para notar a insatisfação popular com o atual governo. Muita festa e pouca ação no que realmente necessário é o que vem acontecendo. Como dizia aquela novela, “cada mergulho é um flash” e parece que é só isso que importa. Enfim, esperanças depositadas, esperanças perdidas.
O mais legal de tudo isso é que temos a capacidade de mudar a cada quatro anos. Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo. É óbvio que vamos acreditar em novas promessas na próxima eleição, mas continuamos detendo o poder de crítica seja através das redes sociais, seja através de grupos de amigos, seja como for.
Enfim, bobos somos nós em depositar esperança na política como ferramenta de desenvolvimento. Mas a cada quatro anos podemos renovar e mudar.
