Recentemente nas redes sociais comecei a acompanhar um grupo intitulado “Diz que é da Lapa, mas…”, que traz diversas lembranças boas, imagens antigas e fatos corriqueiros do dia-a-dia de outrora.
O reavivar da memória é intenso e muito divertido, com curiosidades, fotos antigas e muita nostalgia e é gostoso conhecer pequenas histórias do que existia por aqui em outros tempos.
Grande parte dos participantes são pessoas de origem lapeana que hoje não convivem e participam do cotidiano local, pessoas que moram em outras paragens e lembram com carinho dos momentos passados nestes “campos verdes e alegre terra”.
A nostalgia nas lembranças é constante e os comentários nas postagens são saudosos.
No entanto me pego a pensar quem “Diz que é da Lapa, mas…” afirma que nos tempos passados as coisas eram melhores, não sabe o que diz e não reconhece o trabalho das pessoas que vivem aqui.
“Ser da Lapa” é uma honra, maior ainda quando vivemos o cotidiano, o contato entre as mais diversas formas de pensar que existem por aqui, as vitórias e dificuldades que acontecem sempre e num ritmo que só tem por aqui.
“Ser da Lapa” é levantar todo dia pela manhã e conviver com as pessoas, trabalhar para gerar o crescimento da cidade, empreender, crescer, ganhar e perder nesta cidade. É viver as dificuldades que todos vivem e saber compreender como funciona esta cidade.
“Ser da Lapa” é ver o futuro que podemos ter e trabalhar em busca dele. É ajudar um vizinho que precisa de auxílio num momento de dificuldade, é conhecer e amparar amigos no momento que precisa. É unir forças para que os objetivos sejam concluídos.
“Ser da Lapa” é trabalhar para que a cultura local seja valorizada. É fazer parte, por exemplo, da União dos Artistas Lapeanos, que trabalham sem descanso para apresentar uma visão romântica e nostálgica dos acontecimentos na época do Cerco da Lapa.
“Ser da Lapa” também é saber dos problemas existentes no município e colocar a mão na massa para resolver, sem precisar de alarde. É entender que determinadas coisas que não existem mais, deixaram de existir por motivos maiores do que a inação de toda uma população.
Enfim, “ser da Lapa” é investir aqui, envidar esforços aqui e viver diariamente aqui.
É só uma opinião.
