Esta semana uma operação policial pros lados do Rio de Janeiro teve um saldo positivo para a sociedade: Mais de vinte bandidos mortos e nenhum policial ferido.
Quando vemos uma notícia assim deveríamos nos orgulhar de nossa polícia por enfrentar traficantes que estavam armados com metralhadoras, fuzis, granadas e muitas outras armas. Porém a mídia coloca a notícia invertendo a situação e o título sai assim: “Mais de vinte pessoas mortas em confronto com a polícia”.
O simples fato de noticiar uma ação policial sem explicitar que os confrontantes eram bandidos já demonstra a necessidade de repensar os valores aplicados em nossa sociedade. Não se pode mais chamar bandido de bandido e o fato de nenhum policial ter sido ferido ou morto é questionado.
Da mesma forma esta semana o promotor Deltan Dalagnol, aquele da Lava Jato, está sendo intimado a ressarcir os cofres públicos em três milhões de reais, valor este que foi gasto com viagens, hospedagem, transporte e alimentação dos mais diversos profissionais da justiça que vieram a Curitiba durante todos os anos de operação contra a corrupção.
Lula já pediu, e vai receber, na justiça o valor do tríplex que estava preso judicialmente. Ele, que não era dono do imóvel, receberá o valor do imóvel que ‘não era dele’, assim como o cancelamento de decisões de dezesseis juízes, ‘descondenando’ o chefe da maior quadrilha do maior esquema de corrupção do planeta.
Inúmeros delatores, réus confessos, que fizeram acordos de delação premiada, estão pedindo prá anular os acordos com a justiça e solicitando a devolução dos valores pagos a título de ressarcimento do erário público. E a Justiça está deixando isso acontecer.
Com relação ao primeiro fato citado aqui, o confronto no Rio de Janeiro, o STF decidiu que não era permitido à polícia militar invadir áreas de favela, a não ser em ocasiões emergenciais.
Já existe decisão de tribunais superiores falando da proibição imposta à polícia no caso de abordagens de pessoas em situações suspeitas. Pela decisão provisória, não é mais permitido que a PM passe ‘uma geral’ na galerinha, só é permitido se existir confirmação de crime. Se não dá prá averiguar o bandido, como saber se há um crime?
Enfim, o rabo anda balançando o cachorro e todos nós estamos aí, achando que não é conosco. Não estamos ligando porque, afinal, ninguém está nos incomodando.
Só prá te contar, caro leitor, se deixarmos as coisas continuarem neste caminho, em breve será você o prejudicado e não haverá ninguém prá te defender.
“Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar… Já não restava ninguém para protestar”. (Martin Niemoller)
É bom pensar nisso!