O Sul é meu País – Símbolos sulistas!

Sempre que se fala em separar o sul surgem indagações como: qual será o nome do novo País, qual será a capital, como será a divisão, etc. Hoje falaremos sobre isso.

11) Qual o nome do novo País?

Não se sabe ainda. Simples assim. Existem várias propostas, mas a intenção é que o nome seja escolhido somente após a separação, através de plebiscito, inaugurando a nova forma de gestão política. A sugestão mais antiga que consegui encontrar é “República dos Pampas”, mas esse nome tem alguns problemas, pois “os pampas” cobrem apenas uma parte do novo País, e é um nome muito ligado ao Rio Grande do Sul, não tendo muita aceitação em Santa Catarina e Paraná.

Outros nomes já citados são “República das Araucárias”, “República do Mate”, e outros. Recentemente, surgiram sugestões como “Confederação Austral”, e até “Confederação Austramericana”. Lembrando que o termo “austral” remete à região sul.

De toda forma, até agora só existem suposições, e novas opções de nome podem ainda surgir. Definitivo, somente quando separarmos.

12) E a capital, ficará aonde?

Hoje ainda temos a concepção brasileira para estruturar uma capital. O Brasil teve três capitais, e nas três, o padrão foi o mesmo, desviando recursos de todo o País para desenvolver a sede. Esse padrão inclusive foi repetido no Paraná e no Rio Grande do Sul, e como resultado, temos uma industrialização concentrada na capital, com prejuízo das demais regiões, pois fora destas capitais temos uma falta crônica de indústrias e comércios de peso, além da falta de presença do Estado. Santa Catarina seguiu um padrão diferente. Joinville não é capital, e é maior que Florianópolis – já começa por aí. Também, todos os mecanismos de desenvolvimento foram distribuídos por Santa Catarina, e não concentrados na capital. Resultado: qual dos três estados é o mais industrializado? E qual tem o menor índice de desemprego? Sim, Santa Catarina. Dá até para dizer que Paraná e Rio Grande do Sul construíram capitais maravilhosas. Santa Catarina preferiu construir um estado maravilhoso. Em tempo, Paraná e Rio Grande do Sul são ótimos estados, apenas estou focando a discrepância entre cidades do interior com a capital – não estou denegrindo ninguém.

Dito isto, fica a pergunta: queremos uma capital para concentrar os recursos e mecanismos de desenvolvimento do novo país em detrimento das outras regiões? Se sim, vamos cair num Brasil 2.0. Então porque não instalar o governo em uma cidade pequena? E porque temos que ter uma única capital? Sim, podemos ter uma capital executiva, uma legislativa e uma judiciária. Lembrem-se que não se deseja repetir os erros do Brasil, então não se deve pensar em muitos luxos para uma futura capital.

É possível perceber dentro do movimento separatista algumas correntes quanto a isso. Alguns defendem como capital a cidade de Porto Alegre. Outros Curitiba. Ambas as opções por serem as duas maiores cidades do sul. Mas se escolhermos Porto Alegre, os curitibanos farão forte oposição. O inverso também se aplica. Então surgem nomes diversos, como Chapecó, Porto União da Vitoria (as duas cidades unidas em uma só), Passo Fundo. Mas a mais cotada até o momento é mesmo Lages, por ficar praticamente no centro do novo País. Mas nada é definitivo. Essa definição também será feita somente após a separação. Por enquanto, serão apenas sugestões.

13) E outros símbolos nacionais, como Hino, Bandeira, Moeda?

Nada disto está determinado. Depois da separação, deverão ser realizados concursos para definição da nova Bandeira – hoje o movimento usa a bandeira azul com três estrelas, representando os três estados, mas essa é a bandeira do movimento, e não do novo País. Até poderá ser adotada no novo País, mas somente se a população concordar. Para o hino sempre existem sugestões de trilhas sonoras já existentes, mas também deverá ser realizado um concurso sobre o tema com aclamação por plebiscito. A moeda é assunto delicado, e alguns poucos até discutem a possibilidade de se criar uma moeda nacional virtual, como o Bitcoin, mas é muito possível que o nome da moeda reflita o nome do País, por exemplo, República Austral, e moeda Austral. Existem até sugestões bem humoradas, como nomear a nova moeda de “Butiá”, em referência ao dito popular “me caiu os butiá do bolso”, mas isso tudo também deverá ser decidido por plebiscito.

Notem que a intenção de criar um país novo está não somente em separar do Brasil, mas criar valores republicanos e democráticos que hoje não existem no Brasil, de modo que o novo país será NOVO em todos os aspectos.

Na próxima edição abordarei a estratégia adotada para a secessão, e o porque de acreditar na viabilidade do projeto.

*Dartagnan Gorniski é empresário e professor, e nas horas vagas dá palpites sobre tudo o que vê pela frente.

 

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