Conversando com um amigo muito sarrista, ele veio perguntar se já dava prá descansar este restinho de ano. A risada rolou solta, mas tem um fundo de verdade na brincadeira.
Quem de nós não parou prá pensar no início de dezembro do ano passado como o ano tinha passado rápido e como deixamos de fazer coisas que gostaríamos e estávamos dispostos a realizar?
Nos dias atuais não paramos mais para aproveitar os momentos simples e importantes da nossa vida. É sempre uma correria para chegar ao trabalho, uma correria para almoçar rápido, a limpeza na casa fazemos de maneira rápida para podermos cumprir com outros compromissos que se mostram urgentes e imprescindíveis. Ao assistirmos um programa de televisão estamos com o celular na mão para acompanhar outras notícias e ver as postagens nas redes sociais. Assistir um filme se torna um martírio pois ele tem mais de uma hora e você precisa prestar atenção. Ao sentarmos para fazer uma refeição, cada um está prestando atenção na telinha do seu celular ao invés de saborear a comida e principalmente a companhia preciosa que temos no nosso entorno.
Tudo o que citei acima são exemplos do que acontece comigo e com minha família e também relatos de amigos que sempre dizem que não tem tempo para nada.
Você já parou prá pensar o quanto perdemos de tempo ao ficar prestando atenção na telinha do celular, vendo a vida de pessoas que mal conhecemos e comentando assuntos que não nos engrandecem? Já notou que vivemos muito mais nas redes sociais do que na vida real, seja onde estivermos, no ônibus, na escola, numa lanchonete. Tudo precisa ser registrado prá mostrar ao mundo que estamos onde estamos, talvez para fazer inveja aos outros, talvez apenas para demonstrar alegria, talvez apenas para mascarar um estado de espírito que não temos naquele momento.
O recado desta coluna é: Carpe Diem – ou seja – Aproveite o seu dia. Viva os momentos com sua família, caminhe e olhe outras pessoas na rua, vá ao mercado com um sorriso no rosto, cumprimente a todos que lhe dirigirem o olhar. Não fará mal nenhum e lá no final do ano você vai poder dizer que realmente viveu um bom ano.
