Jesus Cristo, no único-salvante Evangelho dEle, disse aos Seus discípulos: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” – Mateus 7.7-11.
A coisa mais lamentável é que, o ser humano encurvado sobre si mesmo, por natureza, sempre se tortura com os problemas e dificuldades, como se não existisse Deus. E, não raro, acrescido a isto, se autocoroe com suas próprias preocupações e seus próprios pensamentos, querendo ele próprio tirar o peso ‘da nuca’ e autolivrar dele. É um diabo malvado e sagaz que cavalga o velho Adão e a velha Eva. E, muitas vezes, nestas astúcias quando começa a tentação e a aflição, seja em assuntos espirituais ou mundanos, o diabo intenta fazer decair, de vez, da Palavra e da fé. Aí ele se intromete imediatamente e faz com que fiquemos, perdida a inter-relação entre pregação e oração, torturando-nos a nós mesmos. E isto ele faz afim de afastar-nos da oração, e confunde a cabeça de modo que sequer nos lembremos de orar. E, de caso a caso, de situação a situação, antes mesmo de começarmos a orar, quando o diabo ‘cavalga’, inconteste, a nossa carne pecaminosa, já nos torturamos quase até a morte. Pois ele sabe perfeitamente o que a oração faz e do que Deus é capaz, em Seu Ser e Sua presença corpórea junto a nós, como membros do santo povo cristão. Por isto ele, o mais que pode e consegue, atrapalha e perturba onde pode, para que, de modo algum, consigamos orar em consonância como a Palavra e a fé, a que é dom de Deus. Por isto, nós deveríamos aprender a guardar essas palavras de Cristo no coração e acostumar-nos a orar assim que surge uma angústia ou tribulação diante dos olhos. Sim, cair, imediatamente, de joelhos e apresentar a necessidade a Deus, segundo a admoestação e promessa de Cristo. Assim, nós teríamos ajuda e não precisaríamos martirizar-nos com nossos próprios pensamentos para buscar ajuda, como se Deus não existisse, nem se importasse conosco ou com se nós estivéssemos sozinhos/as no mundo. A oração, que une Palavra e fé, em consonância com o ministério da pregação, em comunidade, é um remédio sobremodo consolador, que certamente ajuda e jamais falha, contanto que se faça uso dele, sempre. Note: é Cristo quem incita os Seus discípulos a orar!
O mais importante de tudo, é que nós observemos a Palavra de Deus, que instrui o coração quanto ao que deve crer, para que se tenha certeza de que sua fé, o Evangelho e Cristo são corretos e que seu estado agrada a Deus. Assim, como pessoas discípulas teremos, em breve, o diabo contra nós e sentiremos que há carências em toda parte, interiormente, na fé, e exteriormente, em nosso estado, de modo que tudo parece ir para trás e que ao redor de nós enxameiam as tentações. Se tivermos este sentimento, sejamos sábios e demos um impulso ao coração para que logo comece a pedir, dizendo, por exemplo: amado SENHOR, eu tenho a Tua Palavra e estou no estado que Te agrada. Eu sei disto. Agora, vê todas as minhas carências, e que não conheço ninguém que me pode ajudar senão a Ti. Por isto, ajuda Tu, porque disseste e ordenaste que devemos pedir, procurar e bater e que, então, receberemos, encontraremos e teremos, com certeza, o que desejamos. Amém. Se aceitarmos isto e se nos acostumarmos a orar confiantemente e não recebermos o que pedimos, então, vem e chama-Me de mentiroso. Se Deus, por causa de Cristo, não lho dá imediatamente, não obstante, Ele lhe dará o suficiente que, entrementes, seu coração se sinta consolado e fortalecido até a hora quando lhe dará muito mais do que poderia ter esperado. Porque também esta é uma virtude da oração que está jungida à Palavra e à fé. Não é em vão que Deus é nominado Ajudador!
