Já diziam os filósofos que o homem é um animal social. É um ser que precisa viver em comunidade ou, no mínimo, próximo a outros de sua espécie. Qual é o motivo, então, da falta de interesse em buscar melhorias para toda uma comunidade, se, naturalmente, desejamos viver em comunidade?
Reuniões de pais e mestres, associações de bairros, reuniões de vereadores, audiências públicas, conselhos municipais. Todos são meios de conseguir melhorar o nosso entorno e lutar por aquilo que acreditamos ser melhor para o todo. Ninguém vai.
Com a participação quase nula da comunidade nos assuntos que lhe dizem respeito, passamos a receber apenas o que outros decidem por nós. É a mesma coisa do cara que não gosta de política que vai ser governado por alguém que gosta.
Participar e doar um tempo para assuntos comunitários é um dos melhores meios de fazer valer a democracia. Não podemos pensar que apenas votando num vereador, prefeito, governador, deputado, senador ou presidente, nossa responsabilidade está encerrada.
Sem a participação e cobrança direta, através das mais diversas agremiações civis, associações e, porque não, partidos políticos, nunca poderemos reclamar das decisões que nos mandam goela abaixo.
É comum ver nas ações municipais a exigência legal de realizar uma audiência pública para determinadas decisões que devem ser tomadas em conjunto com a comunidade. Mesmo divulgando em rádio, jornais e pelas redes sociais, no fim das contas não aparece nenhum cidadão para acompanhar as decisões. É comum que as audiências públicas sejam feitas apenas com funcionários públicos, visto que o cidadão que não é servidor não mostra interesse algum nos assuntos.
Existem desculpas as mais diversas para a falta de participação, mas a grande verdade é que queremos que os outros decidam pela gente, trabalhem pela gente e melhorem o mundo em nosso nome, sem termos que sair de casa, de nosso sofá confortável.
Parafraseando a música: “E assim vou vivendo, sofrendo e querendo” mudanças na sociedade. E assim vamos ganhando mais do mesmo, pois não fazemos nossa parte para mudar.
