Tudo pela metade

A política é uma coisa interessante. Quando da eleição, as promessas são grandes e maravilhosas. Aí votamos, apoiamos e comemoramos a vitória. Quando a pessoa senta na cadeira, aí vem a realidade. A incompetência, junto com a arrogância e a empáfia, são os principais problemas a partir da posse.

Se fizermos, somente nos arquivos do jornal, um apanhado de notícias sobre obras e ações que seriam realizadas, encontraremos uma porção de notícias falsas, não por culpa do jornal, mas por falta de ação e planejamento sério dos políticos.

É o caso dos equipamentos médicos que estão estocados na escola Dr. Manoel Pedro. Mamógrafo e Raio-X, aparentemente, estão pegando poeira no depósito da escola sem ter destinação correta. E o povo, que viu as notícias da aquisição dos equipamentos, fica esperando a boa vontade do político.

Outro caso é o custo exagerado de uma simples obra que está sendo ‘obrada’ no módulo esportivo. São quase setecentos mil reais para fazer algumas pequenas adequações de acessibilidade e uma salinha pequena. O que realmente importa, que são as canchas e pistas de skate e atletismo, continuarão do jeito que estão. Pode ser totalmente legal, mas que é imoral gastar tanto prá nada, isso é.

Outra notícia importante que trouxemos foi que o atual prefeito tinha conquistado as Câmeras de Segurança para serem instaladas em pontos estratégicos da cidade, visando coibir ações criminosas. Pura balela. A notícia se tornou uma fake News, pois após o anúncio da conquista, nunca mais se falou no assunto.

No trânsito então, nem se fala. A prefeitura contratou uma empresa para fazer um projeto de readequação do trânsito na cidade. Mais de quinhentos mil reais foram pagos prá esse trabalho. Aí o que temos? Instalação de dezenas de lombadas que foram pedidas por vereadores para agradar eleitores, semáforos que não estão sincronizados e estão criando problemas em outras vias, onde os motoristas estão desviando para evitar parar. E o bendito projeto que custou meio milhão de reais está numa gaveta, tomando poeira.

A falta de planejamento e competência também pode ser aplicada à balsa recentemente alugada pelo município. Hoje o equipamento está parado por que o nível de água no Rio Iguaçú está baixo, devido às faltas de chuva. O custo mensal é de aproximadamente sessenta mil reais. Dois mil por dia. E a prefeitura continua pagando o aluguel, mesmo que a balsa esteja parada. Não seria mais prático, definitivo e certo planejar uma ponte, mesmo que de madeira, para atender os moradores próximos? É mais caro no início, mas é solução definitiva.

Pela metade ainda estão as sinalizações que deveriam ser feitas na obra de recape e readequação da Avenida Munhoz da Rocha, por ação do prefeito Paulo Furiati. A nova gestão não teve nem a capacidade de sinalizar de forma adequada a nova obra.

Outro anúncio que foi feito em nossas páginas, numa entrevista, foi o de que seria, muito em breve, instituído o estacionamento rotativo nas principais ruas da cidade. Quem é que acredita que isso vai ser feito antes das eleições? Nós já perdemos a esperança.

Enfim. É importante notar o quanto mal fazemos ao deixar as principais decisões de nossa cidade em mãos incompetentes e cheias de si.

 

 

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com