Jesus Cristo, por amor da nossa salvação, adverte “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós em roupagem de ovelha, mas por dentro são lobos vorazes” – Mateus 7.15.
No artigo da semana passada, eu escrevi que a perseguição na cristandade já nos foi anunciada antecipadamente – e é um fato inconteste atual-presente-contínuo até a segunda vinda de Jesus Cristo, o nosso SENHOR, para juízo de vivos e mortos – em toda a Escritura e já existiu desde o princípio da humanidade, após a queda em pecado. Pois assim aconteceu com Moisés e seu povo, também, com Jacó, Isaque e Abrão em sua casa e, inclusive, com Adão. Embora tivesse apenas dois filhos, um deles teve que provocar o surgimento de um grupo sectário, etc. E veros cristólogos também o experimentam ainda hoje na própria carne. Muitas vezes aqueles/as que inicialmente se associaram ao cristianismo e começaram a divulgar o Evangelho puro, e o fazem e fizeram que até parecia que iríamos, como povo da Fé, conquistar o ‘mundo inteiro’, no entanto, justamente, quando tudo deveria ir no maior embalo, nossa própria gente, confessa do Corpo de Cristo, vai e causa uma miséria pior e mais prejudicial do que todas autoridades autoproduzidas, em Igreja e Sociedade, teriam ousado fazer.
Ao longo da história, grande malefício falsos irmãos causaram à gente veramente discípula de Cristo, em Igreja e Sociedade. E além disto, com seu pecado autojustificado, fortaleceram os inimigos de Cristo, que gritaram: por aí se vê que tipo de doutrina é a de vocês, cristólogos confessos. Ora, vocês mesmos não estão unidos entre si; razão pela qual o Espírito Santo não pode estar presente entre vocês, visto que se perseguem e se caluniam entre si mesmos/as, etc. E aí se teve que presenciar como os inimigos de Cristo são fortalecidos por meio deste escândalo, enquanto cristólogos foram ‘enfraquecidos’ e injuriados, de alto a baixo, e tiveram que suportar toda sorte de males em corpo, bens, honra. Porque tiveram contra si a ambos: os inimigos e os falsos irmãos. Aliás, verdade é: não pode haver tribulação maior na cristandade, em sua existência exterior, no que diz respeito à doutrina, do que quando se acrescenta e quer acrescentar novos artigos de fé, como se fossem necessários à nossa salvação por graça e fé.
Visto que sempre temos que contar com escândalos e não podemos evitar tribulações incomuns, Cristo nos dá nesse sermão um consolo e uma advertência. Como consolo Ele nos diz que não precisamos ficar assustados nem preocupar-nos até a morte com esse horrendo escândalo na cristandade: sempre haverá quem se gloria da Palavra de Deus, mas não discerne corretamente lei e Evangelho. E quando o escândalo for presença, como veramente instruídos pela Palavra de Cristo, em magno consenso, devemos dizer o seguinte: isto eu já sabia antes que me tornei cristão, as coisas transcorreriam como o nosso SENHOR Cristo mo disse antecipadamente, que eu haveria de ter os dois tipos de inimigos, os de fora e também os de dentro, dentre meus próprios amigos e irmãos mais queridos. Por isso, eu não devo e nem vou aterrorizar-me e nem ainda afastar-me da doutrina pura, como se ela fosse errada pelo fato de se oporem a mim os que foram meus irmãos, contudo autoproduzidos e autofeitos. Ora, o próprio Cristo teve Judas, Seu traidor, em Sua companhia. Mas nem por isto teria que ser falso o que ensinava e errado o que fazia, ainda que Seu discípulo amado o abandonasse e provocasse escândalo. Por isso também nós não devemos preocupar-nos com nossos Judas. Fato inconteste e veraz é e continua sendo que Jesus Cristo só podia e só pode ser traído por um discípulo Seu. As demais pessoas para as quais Ele, Seu Evangelho, Sua doutrina, Sua pregação nada significam e representam não podem ser e nem são traidoras. Elas já são gente que se autofaz e continua sendo gente que anda na estrada larga, que à perdição conduz.
