8. QUANDO JEJUARDES…

“Quando jejuardes, não façais caras azedas como os hipócritas. Pois desfiguram seu rosto, para que apareçam perante o povo com seu jejum. Em verdade vos digo: eles têm sua recompensa. Mas quando jejuares, unge tua cabeça com óleo e lava teu rosto, para que não apareças perante as pessoas com teu jejum, mas unicamente perante teu Pai, que está oculto. E teu Pai que vê no oculto to recompensará publicamente”. Mateus 6.16-18.

É preciso jejuar para que não suceda, novamente, que o ‘eu’ auto indulgente ativo-contínuo rejeite e despreze Cristo e Seus méritos. Sim, que não se repita que o diabo agindo internamente, via descrença, ‘atire’ os amados meios da graça de Deus como que num monte de lixo e poça pelas abominações da justiça das obras e da justificação pela lei. As perversões da fé, teologia, culto, piedade farisaica como que querem ‘enterram’ o Evangelho pelo qual se é salvo. Felizes nós porque Deus é Deus. Ele, sempre de novo, faz com que o Evangelho da glória e da graça apareça novamente. Jejuemos convictamente, nos opondo aos inimigos espirituais que querem celebrar vitória e crer que sua causa subsistirá eternamente.

Cristo, que resgata e prega o verdadeiro jejum, quando viveu na Palestina e arredores, foi desprezado e morto da forma mais ignominosa possível, não por feras, mas por gente impenitente e descrente. Jamais a razão e a inteligência humana iriam crer que Ele seria ressuscitado. Entretanto, Deus que é Deus, O fez ressurgir ‘como um raio’ e, por Sua Palavra, brilha tão intensamente que todas as pessoas inimigas foram ‘lançadas por terra’, eternamente’. Por isso mesmo nós, tendo a Sua Palavra em curso na nossa vida e fé, devemos estar certos e seguros de que é preciso jejuar, por convicção. Quando Cristo, o Evangelho, o Espírito, a fé – a que é dom de Deus – são perdidos, quanta maldade o ser humano é capaz de fazer. Jejuemos para que não suceda que gente inspirada por espírito farisaico, em igreja e sociedade, governe e se auto faça divindade. Tal gente é a mais possessa, endemoninhada, cegada de todas. Elas não desistem do mal. Pensa no que fizeram com Cristo e Seus discípulos.

O versículo acima é uma promessa consoladora que nos é dada para advertência, para que nos exerçamos em verdadeiras boas obras e não nos escandalizemos se não encontramos reconhecimento por parte do mundo. Mundo é sempre mundo. Ele é cego demais e, assim como não conhece e nem quer crer em Deus mediante Cristo, tampouco é capaz de conhecer e reconhecer, de fé em fé, a Sua Palavra e obra. E, jamais chegará, por sua própria razão e inteligência, já que nega e renega a necessidade do arrependimento e da fé. Fariseus jamais vão experimentar, existencialmente, como o Deus Espírito Santo, abrindo os portais do paraíso, lutera a gente que ouve a Jesus Cristo, o nosso SENHOR, com fé presente.

O mundo, a carne e o sangue não atentam para as promessas de Cristo, razão pela qual quando jejuam, o fazem embasado em fé, ensino e confissão auto-justificada. Por isso mesmo, nós, tanto mais, devemos jejuar, orar, fazer boas obras, nos encomendando àquEle que enxerga tudo e que pode iluminar a gente cega em sentido espiritual. Quanta tolice se verifica nos anais da história. Aliás, os extravagantes modos hipócritas de quem se opõem a Cristo, como frutos da presença e ação do diabo em sua vida, são tanto mais réprobos porque tentam obscurecer a vida e obra da gente conformada com o Evangelho, que jejua por fé.

Jesus espera com muita naturalidade que as pessoas que O seguem jejuem. O rigor da abstinência faz parte da vida e da fé das pessoas discípulas. Ai do mundo se for perdido Cristo.

 

 

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com