Jesus Cristo disse: “Pois eu vos digo: a não ser que a vossa justiça seja melhor do que a dos escribas e fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus” – Mt 5.20. Aqui nós vemos Ele condenando e rejeitando, em verdade, atacando com ‘rigor e vigor’ que notifica ao arrependimento e à fé, agora e já já, a eles – de então e do presente. Jesus Cristo não fala em geral contra gente pequena, e, sim, contra os ‘melhores do povo’, que constituíam o verdadeiro ‘cerne e a elite’, os que brilhavam, em ‘Igreja e Sociedade’, como o sol em comparação a outras pessoas. Pois no povo daquela época não havia classe mais elogiada e nem nome mais honesto do que a dos fariseus e escribas. E quem quisesse chamar um homem de santo, teria que chamá-lo de fariseu. Os fariseus e escribas se auto impunham entre o povo como gente ‘santa’ mediante a sua fé, teologia, culto e vida auto justificadas. Mas…
Da perspectiva e com os critérios carnais, até mesmo os discípulos escolhidos por Jesus Cristo, nos inícios, sem dúvida, acreditavam, fora da fé, ensino e confissão cristológicas, que não se podia encontrar maior santidade do que entre os escribas e fariseus. E, a última coisa que eles podiam esperar é que Jesus Cristo fosse atacar, condenando e rejeitando, a fé, teologia, culto e vida de tais pessoas ‘distintas e proeminentes’, segundo a razão e inteligência humanas, em sua santidade auto produzida. Jesus Cristo não nomina e nem chama pelo nome diretamente um ou outro dentre os escriba e fariseus, mas, sim, todos eles, toda a classe. Ele também não critica determinados erros ou pecados, e, sim, toda a sua justiça e vida santa a tal ponto que lhes nega e fecha o Reino dos céus e os condena diretamente ao fogo eterno, caso não se arrependerem e nem crerem nEle, no tempo da Graça – o final de toda a história deles já nos é conhecida, e a pergunta que fica é se nós aprendemos algo com a história bíblica?
Jesus Cristo condena e rejeita não a pessoa dos escribas e fariseus. Ele os ama apesar de. Porém, mesmo assim, eles não se arrependeram e nem creram nEle. E, no presente, quem é escriba e fariseu, mediante a sua piedade inovada, está, igualmente, condenado, eternamente, ao inferno com todo o seu ser – e, isso justamente ou apesar de ou em seus melhores aspectos de fé, ensino e confissão auto justificadas. A pergunta que fica é: Quem podia e quem pode ouvir ou tolerar um sermão desses? A gente santa e justa por sua própria inventiva obviamente que não! Escribas e fariseus impenitentes acham que matando Jesus Cristo e as pessoas cooperadas junto ao Evangelho da Glória e da Graça de Deus se livram da condenação eterna. Porém, isto é um auto engano diabólico-carnal-aletofóbico deslavado.
Observemos, sem adulterar o texto, no seu conjunto, em primeiro lugar, que Jesus Cristo admite que os escribas e fariseus têm um justiça carnal e que levam uma vida muito honesta em termos ético-morais. Não obstante, apesar de serem gente aparentemente ilibada segundo a carne, Ele os rejeita e condena, completamente. E se não forem melhores, já estão condenados, e tudo que se pode conseguir com a justiça auto inovada está perdido. Em segundo lugar, nos conscientizemos, na Palavra, que Jesus Cristo se refere, em Seu sermão, àqueles que gostariam de entrar no céu e que pensam, seriamente, numa outra vida, coisa que a grande multidão do povão de fé, teologia, culto e vida piedosa auto inovadas não considera e nem pergunta pela Palavra de Deus – para os quais tudo que se prega a respeito do Evangelho de Jesus Cristo, também hoje, é em vão. Jesus Cristo não quer a perdição de ninguém! Mas…
