ALEGRI-VOS E SEDE CONFIANTES

Jesus Cristo foi claro, direto, puro e enfático quando disse: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque grande é o vosso galardão nos céus” – Mateus 5.11s. Jesus Cristo, a Verdade em Pessoa, pronunciou as primeiras oito bem-aventuranças usando a terceira pessoa do plural (‘eles’). Na última bem-aventurança, Ele se dirige, diretamente, às pessoas que têm o Evangelho em curso na sua vida – coração, boca, mãos, pés – usando a segunda pessoa do plural (‘vós’), e isto até o capítulo sete o versículo três.

A fonte da alegria, que é fruto do Espírito Santo, para uma pessoa discípula de Jesus Cristo via fé pessoal nEle, que sofre perseguição incomum, é a promessa que ouvimos na Sua viva Voz. Ainda que a salvação seja por graça mediante a fé em Jesus Cristo, é surpreendente se dar conta que Ele recompensa e recompensará, porquanto a fé cristã não é só uma coisa da cabeça, da razão, da inteligência, de dogmas e de ensinos que não têm desdobramentos existenciais. Porque a fé autêntica em Jesus Cristo tem a ver com um confronto que escapa a nossos cálculos e pensamentos, desejos e esperanças. Ela irrompe em nós, mediante a ação do Espírito, como realidade estranha em nossa vida, querendo ser por nós assim reconhecida. A fé pessoal em Jesus Cristo, a que é existencial, não é sinônimo de pronunciar Seu nome, externamente, mas, sim, um confiar nEle de coração, atribuindo-Lhe todo bem, toda graça e toda a complacência, seja agindo ou sofrendo, seja vivendo ou morrendo, seja em amor ou em realidades de contradição que suscitam tensão à ser enfrentada, sem ‘rodeios e meneios’.

Não é por causa das pessoas discípulas de Cristo que no mundo há e se faz presente o mal. Elas desejam, de coração, que todo mundo vá bem e, afinal, fazem a sua parte, inclusive a seu próprio risco, ensinando, admoestando, implorando, cedendo, até, a seus inimigos e a suas inimigas, oferecendo-lhes/as paz e tudo que é do dever cristão, contanto que não se perca a pregação e a doutrina da fé em Jesus Cristo. No entanto, o que se verifica ao longo da história, é que apesar de ajudarem e aconselharem com todas as forças, inclusive sofrendo desvantagem, tudo o que conseguiram foi a mais atroz e venenosa perseguição, calúnia e injúria da parte das pessoas que, de forma altiva, soberba e petulante, se ‘empoderam’ contra Jesus Cristo, Seu Evangelho, a fé, o Espírito, o culto, as pessoas membros do corpo dEle, como que querendo se ‘refrescar no seu sangue’. Do contrário, parece que não sossegam. E, como não pode ser diferente, as pessoas discípulas de Cristo, por fim, as deixam seguir com as suas ameaças, fúria, calúnias, e se firmam no consolo que advém da fé nas promessas de Cristo. Certo é que as pessoas que não são discípulas de Jesus Cristo não conseguirão o seu objetivo almejado, a não ser que antes tenham derrubado Cristo do céu e O tenham transformado em mentiroso com tudo que Ele disse e prometeu.

O sofrimento incomum das pessoas cristãs advém do juízo e ação justos por parte delas. A recompensa de sua pregação e obra não são o reconhecimento, mas, sim, a rejeição. As pessoas discípulas de Jesus Cristo vivencia cruz. No entanto, o atingido direto é o próprio Unigênito Filho de Deus. Tudo recai sobre Ele, porque sofrem por Sua causa. A injúria, a perseguição até à morte, e a difamação selam a bem-aventurança da gente discípula na comunhão com Jesus.

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com