Jesus Cristo disse: “Pois eu vos digo: em verdade, antes que passem céu e terra, não passará a menor letra nem um sinalzinho de lei, até que tudo seja cumprido” – Mt 5.18. Isto significa: quero que tudo o que eu falei, doutrinei, preguei seja ensinado e cumprido de modo puro e integral e que não seja tirado o mínimo detalhe da lei. Com isso, Ele indica que encontrou as coisas modificadas, a saber, nem a doutrina e nem a vida, em Igreja e Sociedade, naquela época, estavam de acordo com o que nos justifica. Por isso, Ele tem que tomar ambas as coisas separadamente, como veremos, e salgá-las, para que sejam purificadas de toda e qualquer inovação humana: que adultera a Palavra de Deus, modificando-a; que adultera, expandindo-a. Em todo o tempo e em todos os lugares, o ministério da Palavra de Deus deve doutrinar, pregar e ensinar a Palavra como clareza e pureza. Bem como, administrar os Meios do Evangelho ao modo das palavras da instituição de Jesus Cristo, sob pena de perder o que nos salva. A questão é não ensinar e nem tirar uma letra de Sua doutrina. Em verdade, tudo o que diz respeito à cristologia deve ser ensinado, crido e observado de modo puro: Promovendo e apontando para Cristo, como o nosso único e suficiente SENHOR e Salvador.
Jesus Cristo, dizendo o que verbaliza, demonstra que Ele se propõe a proferir uma prédica ‘salgada’. Ele não quer e nem sequer vai abolir a Lei, que havia sido abolida, expandida, adulterada pelas autoridades religiosas. Elas haviam acrescentado as suas glosas à ela. A mesma coisa fez e fizeram, ao longo da história, gente que é falsa cristã, discípula, pregadora, mestre. Elas, adulterando e expandindo, modificando e acrescentando ao Evangelho e à Escritura as suas próprias ideias e elucubrações aletofóbicas, silenciaram, em parte e até mesmo completamente, a respeito do mais elevado artigo da justiça da fé em Cristo, tiraram uma das espécies do Sacramento do Altar, ocultaram ou suprimiram as palavras ou parte das palavras da instituição da Ceia do SENHOR, inovaram forma de culto, teologia, vida e fé. Sim, a gente que se auto empoderou no exercício do ministério da Palavra, foi tão audaz, ousada e petulante a ponto de crer, ensinar e confessar que o que Cristo ensina, doutrina e institui não precisa, necessariamente, ser cumprido, guardado, obedecido. Mas, sim, ‘berraram e enxaimaram’ eles, bravos, que as suas próprias palavras, conselhos, leis e mandamentos deviam ser cumpridos e obedecidos, senão não haveria como ser e nem sequer seria possível se manter pessoa cristã. Elas, em detrimento do Evangelho da Glória e da Graça de Cristo, ousaram condenar e rejeitar o que é permanente e duradouro e que serena a consciência atribulada. Quem não permanece com Cristo e o que Ele verbaliza, ensina e confessa, defende que os mandamentos de Cristo são meros bons conselhos. Razão pela qual agem em direta oposição ao que nos faz pessoas cristãs ou o que coloca o Evangelho de Jesus Cristo em curso na nossa vida. Na verdade, o que modifica ou adultera que nós somos justificados/as por graça mediante a fé em Jesus Cristo está em direta oposição às palavras e benefícios de Cristo.
Gente que Cristo não chamou e nem sequer vocacionou e nem muito menos incumbiu de exercer o ministério da Palavra está em direta oposição ao que consta nas palavras deste versículo e sua respectiva condição de que passarão céu e terra antes que se cumpra o menor artigo da lei. Razão pela qual Jesus Cristo passa a pronunciar uma sentença séria contra quem tem fé, culto e vida que depõe contra Ele e Seu Evangelho conforme consta em Mateus 5.19.