BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES

O unigênito Filho de Deus é quem disse: “Bem-aventurados os pacificadores.” Isto significa de modo claro e objetivo: as pessoas cristãs, como filhos e filhas de Deus, pela fé em Jesus Cristo, Seu Evangelho, Sua doutrina não, apenas, não devem começar uma guerra e provocar desavenças, e, sim, devem se esforçar e aconselhar, como mortalmente sério, a paz onde e quando puderem, embora houvesse direito e razão suficientes para a guerra. Basta, quando alguém é obrigado à legítima defesa para proteger o país e o povo. Por isso mesmo, na Palavra, não devem ser chamadas de cristãs, e, sim, filhos e filhas do diabo as pessoas investidas de autoridade, que logo sacam a ‘espada’ por qualquer palavra que julgam e ajuízam como inconveniente ou inadequada. No entanto, piores do que estes e estas são as pessoas que perseguem a Jesus Cristo, o Seu Evangelho, a Sua doutrina nas pessoas crentes batizadas. No passado, no contexto eclesial, vale lembrar, elas mandaram queimar ou assassinar, inocentemente, a gente que creu, ensinou e confessou o nome e o Evangelho de Jesus Cristo de forma pura e correta. Note: elas foram queimadas e assassinadas sem que tivessem cometido mal corpóreo algum. Bem pelo contrário, elas, somente, fizeram obras boas ao modo da Palavra e serviram a Deus, de corpo e alma, dons, tempo e tesouros na pessoa próxima, por amor à Palavra e a Deus. Certamente as pessoas investidas de autoridade, justamente no âmbito eclesiástico, têm muito pecado a confessar. Sobretudo, urge tomar cuidado no sentido de que a história não se repita. Ou seja: que venha a existir quem acha que tem o direito e o dever, com causa boa e justa, de nada suportar, embora outras pessoas investidas de autoridade o fizeram no passado e algumas o continuam fazendo no presente.

Ao modo da presente bem-aventurança se lhe é feita alguma injustiça ou violência, você não tem o direito, se é que você se confessa pessoa crente batizada, de consultar a sua ‘cabeça louca’ e começar, imediatamente, a vingança e o contra-ataque revanchista contra quem falhou para com você. Antes, você deve pensar no fato ofensivo e buscar um modo objetivo, em Cristo, de tolerá-lo e manter a paz ou seu respectivo restabelecimento. Se isso, porém, não lhe for possível e você não consegue suportá-lo, você tem a justiça e as autoridades no país, das quais você pode exigir que lhe façam justiça, sem se exceder com abuso de poder, obviamente. Pois as autoridades estão aí e foram instituídas para impedir e castigar o mal. Portanto, se uma pessoa comete uma violência contra você, ela não peca somente contra você, muito mais, porém, contra a própria autoridade, de quem se espera, quiçá, justiça, de verdade. Porque o mandamento e a ordem para manter a paz foram dados à autoridade, não a você, nos sentido de que você próprio/a faça justiça com as próprias mãos. Sim. Ruim fica a situação quando a justiça não faz a sua incumbência e função, como já aconteceu conforme anais da história. O justo e o correto são que a pessoa injustiçada deixa a vingança e a punição por conta de seu juiz, que tem essa incumbência; porque foi contra ele que o seu adversário e inimigo ou adversária e inimiga errou. Em suma: se você, porém, quer ser o seu próprio vingador, você comete um mal ainda pior, tornando-se culpado/a do mesmo pecado que comete aquela pessoa que peca contra a autoridade e se imiscui em seu ofício e função. Além disso, agindo assim, a sua causa justa se torna injusta. Porquanto, fora da Palavra ou contra ela, “quem rebate está errado, e rebater provoca desavenças.”

A exigência de Jesus Cristo é contra as cabeças vingadoras e esquentadas e chama de pacificadores/as, em primeiro lugar, aqueles/as que colaboram para a paz no país. [Segue]

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com