Bem-aventurados os pacificadores

Aqui, o único e suficiente SENHOR e Salvador, Jesus Cristo, enaltece com um título sublime e com divino louvor as pessoas que se empenham pela paz, ao modo da Paz em Pessoa. As pessoas pacificadoras têm a paz de Deus colocada em curso em sua vida, em comunidade, pela fé, dádiva do Espírito Santo. Razão pela qual não somente se empenham pela sua paz egoísta, carnal, avara, soberba, petulante, lasciva, auto justificada. Bem pelo contrário, as pessoas pacificadoras, ajudam, de coração, na Palavra, a conciliar situações ‘escabrosas e emaranhadas’; a tolerar desavenças; a combater e prevenir guerra e derramamento de sangue. Contudo, apesar de ser realidade sobrenatural, o ser uma pessoa pacificadora, é uma virtude muito rara e insuficiente no mundo, infelizmente. E, entre as pessoas que são falsas santas ou que têm fé auto justificada, a presença de pessoas pacificadoras é ainda mais raro. Basta lembrar, aqui, da história dos dois primeiros irmãos. Como Caim se porta e investe, fundamentado em sua falsa palavra, doutrina, fé e conduta, contra o seu irmão Abel, matando-o. No entanto, quem atenta para a falsa fé de Caim?

A fé, ensino e confissão que Jesus Cristo não quer em curso na nossa vida faz com que a pessoa seja, em palavras, pensamentos, ações e omissões mentirosa e assassina. E, não pode ser diferente onde o diabo é crido, escutado e seguido nos seus conselhos, instruções e ordens mentira e morte reinam. As pessoas que não têm o Evangelho de Jesus Cristo colocado em curso em sua vida, de alguma forma, provocam agitações populares, desavenças de toda ordem, conflitos frutos da ausência ou insuficiência de diálogo, guerra, etc. Aqui, urge fazer mea culpa, e verificar nos anais da história eclesiástica quanto presença de ‘cães sanguinários’ – gente que via sua fé, ensino e confissão nos legaram uma história que demonstra e evidencia que nada lhes causou mais prazer do que ver gente bem-aventurada ao modo da presente bem-aventurança ‘nadando em sangue’, virando cinza. Mas, também, no âmbito da Sociedade, se faz necessário, muita mea culpa. Quantas e quantas vezes lemos que o ‘tecido social’ foi prejudicado quando pessoas investidas de autoridade, por coisas fajutas, se irritaram e logo pensaram em desencadear uma guerra. Sim. Quantas vezes tais pessoas ‘enfogueiraram’ e incitaram ‘todo mundo’ no que se caracterizou como ausente de paz. Não raro se pode ler que houve quem gastou tanto com a guerra e se derramou tanto sangue inocente que sobreveio remorso. E, agora vem o mais diabólico e repugnante: então a pessoa com remorso oferecia ou ofertava algum dinheiro à igreja como forma de satisfação pela culpa em prol das ‘almas’ da gente que tombou e foi ceifada da vida. Eis a definição mais vivaz de cão sanguinário, que não sossegam até que se vinguem e apaziguem a sua ira, até que arrastaram terra e gente à miséria e à desgraça. E, não obstante, quiseram ser consideradas como pessoas cristãs-cidadãs exemplares e que, de algum modo, como dolo e má-fé, fizeram com que a sua causa parecesse ou fosse considera justa ante o povo de consciência engessada e enlatada pelo ‘igrejeiro’.

Para começar uma guerra há que haver motivos mais fortes do que ter uma causa justa. Aqui, por meio da presente bem-aventurança, Jesus Cristo não proíbe a guerra, e Cristo não quer tirar nenhuma prerrogativa das autoridades superiores e de seu ofício, mas, sim, apenas e sobretudo, instrui as pessoas individuais que querem levar uma vida cristã. Aí Ele não permite que uma pessoa investida de autoridade ameace o seu vizinho ou a sua vizinha de guerra, ainda que tenha, da perspectiva humana, uma causa justa e que a outra pessoa esteja errada. Porquanto aqui se lê e se ouve: “Bem-aventurados os pacificadores”. [Continua]

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com