Jesus Cristo pregou asseverando: “bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” A doutrina de Jesus Cristo é consoladora, mas também irrita quem tem fé, ensino, confissão e consequente condenar e rejeitar que não têm abono na Palavra de Deus, que promove e aponta para o Seu Unigênito Filho. A doutrina de Jesus Cristo notifica ao arrependimento e à fé as pessoas contemporâneas dEle, e do mundo todo, hoje. Inclusive se a religião brilha na aparência, iludindo e ‘enfeitiçando’. Porque a fé inspirada pela carne, mundo e diabo, sempre, fundamentam piedade mentindo com a verdade, como se ter bens terrenais, honra e Mâmon fossem a bem-aventurança. Ela, inclusive, sugestiona que devemos servir a Deus – veja bem: “servir a Deus” – com o objetivo, meio e fim de ter o citado. No entanto, a pregação e a doutrina de Jesus Cristo derrubam, condenam e rejeitam tal fé, ensino e confissão. Ao modo de Jesus, a bem-aventurança não consiste em viver bons e agradáveis dias: sem sofrer qualquer adversidade, como diz no Salmo 73.5: “Não passam por desgraças, como outras pessoas, e não se afligem como outras pessoas”. Ou mais específico e concreto ainda: que “não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.”
Por natureza, depois que Adão e Eva decaíram da fé para a incredulidade e dela em pecado concreto, nós o máximo que desejamos é alegria, felicidade, satisfação carnal, sem qualquer dificuldade, obviamente. E, gostaríamos, em grau máximo, que assim fossem as coisas. A vida cruciforme, entretanto, está fora de nossa reflexão. Jesus Cristo, contudo, vira a ‘página’ e diz exatamente o contrário, declarando bem-aventurada a pessoa que chora, pranteia, e assim por diante. Aliás, todos esses enunciados são ditos e dirigidos, sem exceção, contra o espírito e o modo de pensar que não têm Deus e Sua vontade como fonte, regra e norma de fé. Elas não querem passar fome, sofrer aflições, desonra, injúria, injustiça, violência, e chamam de bem-aventurada a pessoa que consegue se esquivar e passar ileso delas.
Toda a vida e a existência cristã estão perpassadas e imbricadas com e pela cruz e renúncia. Eis porque Jesus Cristo diz que deve existir uma vida diferente daquela que as pessoas, quer investidas de autoridade ou não, aspiram. Eis porque Lhe tributam incredulidade e impenitência. Uma pessoa cristã tem que contar com a cruz, tristeza, renúncia, sofrimento de toda ordem por causa do Evangelho. Quem não admite isto, pode, perfeitamente, ter bons dias nesta terra e viver conforme todos os seus desejos, depois, porém, haverá de sofrer e prantear eternamente, como diz em Lucas 6.25: “Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar.” Exatamente como aconteceu com o homem rico impenitente e incrédulo. Ele viveu, como lemos em Lucas 16.19, todos os dias esplendidamente e em alegria ao modo da carne e se vestia com seda preciosa e púrpura. Ele pensava consigo mesmo que era um grande santo e que estava muito bem com Deus, por Lhe ter dado tantos bens. Mas qual foi a sentença derradeira que ele ouviu quando se encontrava no fogo do inferno – Confira Lucas 16.25.
Note que a presente bem-aventurança significa que não vai ter um bom fim a pessoa que na presente vida nada procura e busca além de alegria terrenal e prazer transitório. Ela um dia haverá de chorar e prantear, eternamente. O que Jesus Cristo não quer que aconteça! E, Ele, da parte de Deus Pai, como Unigênito Filho dEle, nos avisa e alerta, com antecedência.
BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM
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