ESPIRITUALMENTE POBRES

Jesus Cristo disse, publicamente: “Bem-aventurados os espiritualmente pobres, pois deles é o Reino dos Céus” – Mt 5.3. Isto é um belo, doce e alegre começo de Seu ensinamento e de Sua prédica. Ele não vem aí como Moisés ou um doutor da lei, com ordens, ameaças e terror. Porém, da maneira mais amigável possível, somente incentivando e atraindo, e com divinas promessas. Com efeito, se as primeiras queridas palavras e a prédica do SENHOR Cristo não tivessem sido formuladas e apresentadas tal qual Ele as apresentou a todas as pessoas de então e de hoje, a curiosidade tomaria conta de cada um de nós – certamente – e nos impulsionaria a correr atrás delas até Jerusalém, sim, até o fim do mundo!, para ouvir apenas uma dessas palavras. Haja dinheiro e transporte suficiente se as pudéssemos ouvir tão só no planeta mais distante da terra até o presente momento conhecido. Acaso, se possível fosse somente tê-las ao alcance na lua, não nos gloriaríamos o mais possível de que ouvimos ou lemos lá as palavras e a prédica proferida pelo SENHOR Cristo? Quão maravilhosamente bem-aventurado deveria ser chamada a pessoa que teve essa ventura! É exatamente isso, pondero, que aconteceria, se não tivéssemos nada delas por escrito, embora tivesse sido escrito muito por outras pessoas muito ou pouco influentes na história mundial.

Acontece, porém, que agora que essas palavras e prédica de Jesus Cristo se tornaram comuns que a maioria das pessoas as tem escrito no Bíblia que tem em sua casa e pode lê-las diariamente. No entanto, a minoria sequer as considera com algo extraordinário e precioso. Sim, chegamos, não raro, a nos enfastiar delas e as desprezamos, com se não tivessem sido ditas pela alta Majestade do céu, e, sim, por uma pessoa insignificante. Fica a pergunta: será que não nos sobrevém castigo corpóreo, relacional e na natureza por causa da nossa ingratidão? Mais concreto ainda: será que a diminuição do amor e da confiança mútua não é um castigo fruto da nossa irreverência em relação à prédica e à doutrina de Jesus Cristo?

Certíssimo é que, como castigo por causa do nossa ingratidão e desprezo de Cristo e de Sua doutrina, acontece que temos tão pouco proveito corpóreo, em sentido abrangente, dEle e delas. E, nunca sentimos e provamos que grande tesouro, força e poder tem a pregação e doutrina de Jesus Cristo. A quem, todavia, for concedido a graça de reconhecê-las – e, isto pode suceder a cada um/a de nós – verdadeiramente como Palavra de Deus e não de pessoas, esse/a, decerto, as terá em alta consideração e as considerará preciosas e inefáveis e, jamais, se cansará ou enfastiará delas. O problema é: qual é a nossa postura em relação a Jesus Cristo, Sua prédica, Sua doutrina? No geral, à luz da pregação dEle, meramente religiosas e igrejeiras.

Assim como essa prédica é amável e doce para as pessoas que lhe ouvem crendo, vindo a ser Seus discípulos e Suas discípulas, do mesmo modo ela é aborrecedora e insuportável para as pessoas que tem e creem de forma diversa do que Ele ensina. Isto fica evidente nas pessoas que se consideravam santas e povo de Deus fora e aparte da graça e da fé em Jesus Cristo. Na verdade, Ele, já no início de Sua prédica, desfere um duro ‘golpe’ com essas palavras: “Bem-aventurados os espiritualmente pobres, pois deles é o Reino dos Céus”. Ele, pregando assim, refuta e condena a fé, o ensino e a confissão das pessoas que não são espiritualmente pobres. Ele, na verdade, proclama um ai em relação à elas – Lc 6.34-26

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com