Jesus Cristo pregou: “Bem-aventurados os humildes de espírito, pois deles é o Reino dos céus.” Talvez você dirá: mas como? Acaso as pessoas cristãs têm que ser todas pobres, e ninguém pode possuir dinheiro, bens, honra, poder, etc.? Que devem fazer pessoas ricas e bem-sucedidas? Será que todas têm que renunciar a seus bens, a sua honra, etc. ou comprar Reino dos céus das pessoas pobres – como pode ser que alguém sugira com sua fé, ensino e confissão? Resposta: não! O que Jesus Cristo prega não significa que quem quer ganhar o Reino dos céus deve comprá-lo das pessoas pobres, e, sim, que ela mesma tem que se encontrar entre as pessoas que Ele ajuíza como gente “humilde de espírito”. Eis a verdade!
O Reino dos céus é das pessoas humildes de espírito! Tais palavras de Jesus Cristo são claras e inequívocas. De nada adianta que uma pessoa seja materialmente pobre e que não tenha dinheiro e bens, como se em virtude de tal estado e condição tivesse o Reino dos céus. Porque ter dinheiro, bens, terras e empregados/as, exteriormente, não é mau em si, mas são dádiva e ordem de Deus. Assim, também, ninguém é uma pessoa bem-aventurada por ser mendiga e por não ter bem nenhum. Jesus Cristo disse: “humildes de espírito”. A pregação e doutrina dEle não tratam do regime e da ordem temporal, e, sim, do espiritual. Ou seja: como uma pessoa discípula deve viver perante Deus, pela fé, além e acima das coisas externas.
Do regime secular faz parte que a gente tenha dinheiro, bens, honra, poder, terras e, inclusive, pessoas a nosso serviço. Sem isto não se pode subsistir. O mundo nem pode subsistir sem que haja pessoas em exercício de ofício e status, como se ninguém devesse ser rico. Jesus Cristo não institui, justifica e nem ainda ordena a pobreza e a mendicância. Como se fosse pecado possuir dinheiro, bens… Se assim fosse como um pai de família poderia sustentar a sua casa e família, se toda a gente no mundo devesse ser mendiga e nada possuir? Em resumo: o Reino dos céus não é das pessoas pobres pelo fato de que são pobres! Porquanto fica a pergunta: será que no mundo não nos deparamos, cá e lá, com gente pedindo pão na frente da porta, que é mais arrogante e perversa do que qualquer pessoa rica? E, será que, igualmente, não se encontram histórias de gente miserável, com as quais é mais difícil de lidar do que com pessoas riquíssimas e donas de enormes bens e terras? Certamente.
Jesus Cristo não justifica que nós devemos proceder de tal forma que nos tornemos as únicas pessoas no mundo que tem dinheiro, bens, honra, poder, terras, pessoas a nosso serviço, como se quiséssemos ser os/a únicos/as habitantes do mundo. Jesus Cristo ensina às pessoas discípulas que se elas estão passando por dificuldade, sofrem e tem de dispensar riqueza, poder, honra, dias bons aqui na terra por causa dEle e de Sua doutrina vivida de forma corpórea e encarnada no dia-a-dia, não obstante serão pessoas bem-aventuradas e receberão não uma recompensa temporal, e, sim, uma dádiva diferente, por ser eterna. No Reino dos céus tais pessoas terão abastança, ainda que aqui no mundo sejam sustentadas por graça e fé.
Isto posto, quer seja você uma pessoa pobre ou rica material e exteriormente, perante Ele o que importa mesmo é a humilde de espírito. Toda pessoa discípula de Jesus Cristo deve ser humilde de espírito. Isto é: que não ponha a sua confiança, consolo e segurança temporal e eterna em bens temporais, nem ainda prenda a eles o seu coração, deixando que o Mâmon seja seu Deus e SENHOR. Oxalá que a doutrina de Jesus Cristo revide a fé nEle em nós! Amém.
