Jesus Cristo disse: “Não penseis que vim para revogar a lei ou os profetas. Eu não vim para revogar, e, sim, para cumprir” – Mateus 5.17. Ele, tendo confiado e recomendado, seriamente, aos apóstolos o ministério, continua, e Ele mesmo começa a salgar e a brilhar, dando um exemplo para que eles soubessem o que devem e não devem pregar. Jesus Cristo inicia atacando tanto a doutrina quanto a vida dos judeus, os seus contemporâneos, a fim de denunciar e corrigir falsas ilusões e obras auto inovadas que depõem contra a justiça da fé. Ele explica e enfatiza bem a lei, que havia sido bastante obscurecida e distorcida pelos fariseus e escribas, no sentido de que purifiquem a doutrina dos mandamentos de Deus e se a corrijam.
O ‘sal’ de Jesus Cristo é forte e insuportável para os fariseus e escribas, porquanto Ele condena e rejeita a sua fé, ensino e confissão. Eles, ao modo do juízo justo e veraz de Jesus Cristo, não ensinavam e nem sequer viviam corretamente. E, assim, Ele descompôs, inteiramente, a eles que, diariamente, se auto ajuizavam os melhores e mais santos diante de Deus. Os fariseus e escribas ensinavam, todos os dias, o mandamento de Deus e se exercitavam no ‘sagrado serviço a Deus de modo tal que ninguém, “segundo a carne’, os podia acusar de qualquer coisa. Com isso Jesus Cristo faz com que eles, ainda que injustamente, se revoltem contra Ele, e, O acusem de querer abolir e desfazer a lei que Deus havia dado, etc.
Jesus Cristo previu, perfeitamente, que as pessoas discípulas dEle seriam acusadas de hereges e de gente que proíbe as boas obras. Até os escribas e fariseus, interpretando as Suas palavras de forma adulterada, acusam Jesus Cristo de que Ele teria a intenção de abolir a lei. No entanto, Ele ensina de modo correto a Lei e a confirma contra aqueles, de então e do presente, que a abrandaram, com sua doutrina, teologia, culto, vida e fé auto justificada.
Os fariseus e escribas, contemporâneos de Jesus Cristo, gozavam de grande fama, em virtude de sua excelente aparência com que sabiam se apresentar e se exibir publicamente, com base na justiça da carne e das obras. Na sua fé, ensino e confissão somente eles eram povo de Deus, de verdade. Se alguém ousava censurá-los, tal pessoa ouvia, imediantamente, como resposta, o seguinte: “Quem és tu, que queres ser o único sábio, criticando a todas as pessoas, como se nossos pais e todos nós tivéssemos em erro, justamente nós que temos e pregamos a lei de Deus?” E, é isso que vem se repetindo, em todo o tempo, quando gente que se auto justifica, ‘berra’ contra as pessoas que são, de verdade, sal da terra e luz do mundo.
Jesus Cristo condena e rejeita a fé, o ensino e a confissão de Seus oponentes, afirmando que Ele não veio abolir a lei ou os profetas. Bem pelo contrário, Ele veio para cumprir a ela e a eles, por nós. Jesus Cristo insiste na lei com maior dureza e diligência do que os escribas e fariseus. Sim, Ele o faz com tanta vitalidade que haverá de passar céu e terra antes que Ele permita que a lei seja eliminada dela ou que seja escrito em vão uma única letra ou o menor sinal. Jesus Cristo, que notifica ao arrependimento e à fé, diz ainda mais: Quem desprezar o menor mandamento ou ensinar de modo diferente, esse será rejeitado no Reino dos céus por causa desse menor dos mandamentos, ainda que cumprisse todos os demais.
A lei deve ser ensinada com rigor e firmeza. E, contíguo, ela precisa ser cumprida por quem apela para a Escritura e se gloria do Evangelho. É preciso se certificar se a gente, hoje, cita e interpreta corretamente a Escritura ou a lei de Deus, como mendigo de perdão e graça!?
