O Povo gerado e sustentado pela Palavra de Deus condena e rejeita o que não é sal. E, isto porque tomam cuidado com quem e o que nos desvia da Escritura, da graça, da fé, de Cristo! Aliás, será que isto não é um fato real e concreto constatável em nossos dias plenos de sedução religiosa de toda sorte de crenças, denominações auto criadas, centros, templos? Sim. Qual é o lugar da cristologia em suas fés, ensinos, confissões, doutrina? Do sal insípido crescem e proliferam, toda sorte de seitas, enganos, seduções, heresias. Contudo, quem se importa com isto nestes dias fartos de espiritualidade auto justificada? Não é assim que um nega o Sacramento do Altar; outro nega o Batismo; outro a Confissão e Absolvição/Retenção dos pecados em particular, outro nega a necessidade do Pai Nosso, dos Mandamentos, do Credo, da pregação que promove e aponta para Cristo, entre outros artigos da fé. Enfim, não raro, algumas pessoas até se tornam bem epicureus que não creem em absolutamente nada, como podemos ler e estudar na história eclesiástica. Por fim, em virtude dessa deslavada confusão, houve pessoas que viram ‘suínos e gado’ e como tais, infelizmente, morreram.
Por isso mesmo Jesus Cristo admoesta aqui que o sal tem que continuar sal, e não deve se tornar insípido. Isto quer dizer, que se pregue corretamente o artigo principal da fé. Pois onde ele deixa de existir, nenhum outro artigo pode permanecer correto e tudo está perdido; já não existe mais fé ou compreensão da Escritura de modo puro, de tal maneira que ninguém mais pode ensinar nem aconselhar corretamente. Em resumo: toda pessoa tem que ajudar a calcar aos pés o que nos torna pobre povo seduzido. E, quando o povo está seduzido, não é assim que ele corre atrás e escuta os ‘beberrões’ alucinados, os ‘asnos grosseiros’, desde que eles apresentem algum benefício do púlpito? Convém tomar conhecimento da história e se constatará que houve quem mentiu com a verdade, iludiu com a criação e manutenção de comunidades e fraternidades, orações/rezas auto justificadas, capuzes para vestir os defuntos, prometendo, assim, o céu a quem nada quis saber de arrependimento e fé a vida toda! Mas…
As ovelhas de Jesus Cristo, do passado e do presente, tomam cuidado como o diabo se apodera dos corações e arruína, completamente, com suas malditas pútridas doutrinas e superstições, as pessoas que iam sendo salvas. Se a gente permanece na convicção de que, somente, Cristo é nossa justiça e santidade, então, uma pessoa pregadora que verbaliza o que se caracteriza como sal insípido, jamais, lhe convencerá e nem sequer seduzirá para as suas práticas religiosas, vestes, orações/rezas ou obras e quinquilharias humanas auto justificadas. Porquanto, pela fé, nós somos e podemos ser – sem medo de pecar – juízes de todos os estados e modos de vida que se podem conceber como ‘dignas de alcançar luz, méritos, perdão dos pecados’. Uma pessoa justificada por graça mediante a fé em Jesus Cristo pode e deve condenar e rejeitar toda forma humana de religião e espiritualidade que nos quer desviar da pregação da fé. Se, porém, uma pessoa se deixa desviar desapercebida ou abre mão desse tesouro inefável, e passar a procurar, ao lado dos benefícios de Cristo, ainda outras maneiras de se tornar justa ou digna de se reconciliar com Deus ou de pagar pelos seus pecados, daí, ela já está mais que preparada para cair em toda sorte de armadilhas e artimanhas do diabo e se deixará conduzir como ele quer – infelizmente. Aí vem, cá e lá , alguém que crê, ensina e confessa: se você quiser tornar-se pessoa piedosa e servir a Deus, então, veste esta roupa ‘sagrada’, ora/reza todos os dias tantos e tantos ‘Pai-Nosso’, acende tantas e tantas velas, faz este e mais aquele sacrifício. E, aí é fácil cair na ‘lábia’ de quem é sal insípido.
