Honrar e obedecer a Deus não são uma questão de escolha e decisão pessoal que foi entregue ao nosso arbítrio. Honrar e obedecer são o nosso dever, se nos confessamos religiosos/as, no mínimo. A Palavra de Deus ensina que bem-aventuradas são as pessoas que temem a Deus e que andam em Seus caminhos. Vejamos na íntegra: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!” – Sl 128.1-4. Onde e quem entre nós são semelhante pai, mãe, filho, filha? Onde e quem são as pessoas que buscam semelhantes boas obras e as promovem ao invés de religião e religiosidade inovada pelos seres humanos ou buscadas em si mesmo?
É possível que justamente pessoas que se acham esclarecidas fiquem ou se sintam ‘desalojadas’ com o que estamos trazendo à baila. Será que a nossa cidade – sem referir o estado, o país e o mundo – não seria muito mais temente, justa, piedosa ao modo do juízo de Deus se, de fato, significássemos bem-aventurança em conformidade com a fé obediente? Aqui ninguém quer se apresentar para ser o primeiro a, de verdade, viver a Palavra de Deus. Por quê? Porque nossa fé nasceu de pregação e ensino humanos como se fosse Palavra de Deus. Quer gostemos ou não Deus ordenou os Mandamentos e ensina que cada um de nós os observe e obedeça. Sim. Eu estou ciente de que o diabo, o mundo e o nosso sangue nos afastam da fé obediente, diariamente. Mas, isto não é o fato central, ainda. Pois o pecado nuclear é que nós não nos sentimos atingidos pela Palavra de Deus e nem sequer confessamos e abandonamos os nossos pecados à luz do exame dos Mandamentos por causa fé falsa.
Nós precisamos por amor a Deus, voltar a descobrir a paternidade de Deus na obediência aos Mandamentos. Mas o que verificamos, objetivamente, é que estamos cercados de ‘religião’ e filosofias de vida a tal ponto que nem nos passa pela cabeça que devemos estudar e refletir sobre os Mandamentos de Deus em nossa casa, em nossa vizinhança, no círculo de amigos/as, onde quer que estivermos. No nosso auto juízo pensamos que somos pai, mãe, filho e filha que brilham no exemplo de fé, mas será que na obediência que se subsiste ao juízo alheio à Luz da Verdade de Deus? Não está mais do que na hora de clamar: “Pai e Deus eu peço que não permitas que eu seja uma praga em minha própria casa!”
Se benzer, ir a missa ou ao culto só por tradição, usar e se cercar de ‘material’ religioso não nos faz pessoas cristãs. Na verdade fazemos peregrinações, realizamos votos, gostamos de usar o nome de Deus à profusão. Onde estão as pessoas responsáveis por ensinar a Palavra de Deus que censuram, denunciam e condenam a piedade e religiosidade que não tem amparo nas Escrituras? Pergunto: será que certas formas de piedade externas não são tão eficientes que podem fazer de filho/a de deus um cavalo, um rato, uma cobra, um peixe, uma árvore?
Deus se compadeça da nossa cegueira. Deus tenha piedade de nós responsáveis por ensinar a Palavra de Deus com clareza e pureza e não o fizemos ou fazemos. Deus tenha compaixão de nós e nos envie e sustente quem não contribua no ‘gerar’ o pobre povo seduzido. Deus tenha misericórdia de nós e nos conscientize do quanto nos alienamos dEle.
