Gente que é sal da terra salga e denuncia ao modo da Palavra. Elas, em Igreja e Sociedade, condenam e rejeitam o digno de condenação e rejeição. Tal gente, sem papas na língua, salga afirmando que o modo de crer, ensinar e confessar auto justificado, em Igreja e Sociedade, são condenáveis perante Deus. E, por isso mesmo arriscam a cabeça, a honra, o bom nome, os bens. Em contrapartida, quem se apresenta e fala com adulações hipócritas e diz que tudo está bem, mesmo que na Igreja e na Sociedade haja fé, ensino e confissão condenáveis diante de Deus, a tais pregadores/as nada acontece de ruim. Bem pelo contrário, eles/as preservam o seu favor e são honradas. Mas, quem se importa com isso?
Quem verdadeiramente prega, ensina e confessa o Evangelho de Jesus Cristo é sal da terra. Tais confessores/as não são e nem sequer têm em curso em si sal insípido. Razão pela qual eles/as não deixam as pessoas relegadas à sua própria ilusão e mente carnal, de modo que marchem para o inferno com os falsos pregadores e as falsas pregadoras à sua frente.
Assim, esse ministério está ameaçado por tentações e empecilhos de ambos os lados, tanto da direita quanto da esquerda, silenciando-se, por um lado, por medo de perigo, prejuízo e perseguição, ou, por outro, usando-o para conquistar honra, bens e prazeres; além disso, já somos fracos, preguiçosos e desanimados, de modo que nos deixamos distrair com facilidade e cansamos ao vermos que as coisas não andam como gostaríamos e quando parece que tudo é em vão, o povo nos despreza e as pessoas se tornam piores à medida que as queremos repreender. Se o Evangelho for perdido não há como alcançar perdão dos pecados.
Por essa razão, temos que estar preparados para isso e basear-nos, somente, na ordem de Cristo que nos confia o ministério da Palavra e Meios da Graça de Deus e quer que abramos a boca com coragem e denunciemos o que deve ser denunciado, sem levar em consideração perigo, adversidade ou proveito e prazer, nem a maldade ou desprezo de outras pessoas. Nosso consolo consiste no fato de que Jesus Cristo, mediante a Palavra da Verdade, nos torna Seu sal e quer preservar-nos nisso, mandando-nos salgar com coragem, e que não nos importemos nem nos deixemos assustar, se o mundo não quer tolerá-lo, passando a perseguir-nos, nem desesperemos quando nada conseguimos, como nos quer parecer. Pois o que Ele nos ordena, devemos aceitar de bom grado, deixando que Ele determine o que e quanto quer realizar por nosso intermédio. Se as pessoas não o querem ouvir nem aceitar, somos, assim mesmo, sal e exercemos nosso ministério. Assim podemos apresentar-nos perante o tribunal de Deus em toda a honra e alegria e testificar que falamos a todos com fidelidade e que nada ocultamos das pessoas. De modo que elas não têm nenhuma desculpa, como se não tivessem sido melhor informados e que que ninguém lho houvesse dito.
As pessoas que, porém, se deixam assustar e silenciam com vistas a favores, honra e benevolência, etc., também ouvirão, no dia derradeiro, que se diga a seu respeito: “Esse foi nosso pregador e não nos advertiu”. Pois Cristo retrucará: “Acaso não sabes que te ordenei salgar e que, além disso, te adverti com tanta insistência? Não deverias temer minha Palavra mais do que a eles?” Isso também nos deveria assustar, pois aqui ouves a sentença que Jesus Cristo pronuncia, com clareza, a respeito do sal insípido: “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Ditoso/a é quem se deixa conscientizar, em tempo.
